quarta-feira, 30 de outubro de 2013




RETIRADA DE CORPOS ESTRANHOS


                     cisco

 A entrada de corpos estranhos (pequenos insetos, areia, fios de cabelo, líquidos tóxicos, estilhaços de vidro ou de metal ou, até mesmo, alimentos) nos olhos, no nariz, na garganta ou nas orelhas é um acidente que ocorre com muita frequência. Assim, é importante saber como reagir nessas situações, pois mesmo partículas aparentemente inofensivas, como um "cisco",  podem trazer sérios problemas, como lesões irreversíveis no local ou, ainda, a necessidade de remoção cirúrgica do corpo estranho.
    
 Em todos os casos, valem duas regras:

1 - Ter conhecimento para saber como agir.
2 - Transmitir confiança e acalmar a vítima, o que facilita a ação.

     
OLHOS:

     São os locais mais comuns de ocorrência desse tipo de acidente e também o que exige mais cuidados na tentativa de remoção. Siga os seguintes passos:
A - Localize o objeto nos olhos da vítima.
B - Peça para que ela "pisque" os olhos várias vezes para que as lágrimas lubrifiquem os olhos. Em alguns casos, a própria lágrima remove a partícula.
C - Caso haja dor ao abrir e fechar os olhos ou caso o objeto não saia, evite piscar, lave os olhos com água corrente (e limpa), sem esfregar e sem forçar a sua saída. Se o corpo estranho permanecer, a vítima deve fechar o olho afetado, cobri-lo com uma gaze ou com um pano limpo, segurando com as mãos apenas o suficiente para o objeto não se movimentar, sem jamais pressionar os olhos, e ser encaminhada imediatamente para atendimento médico.

Observação: Não coçar e não esfregar os olhos, pois o atrito do corpo estranho com os olhos pode provocar sérias lesões.

D - Caso o acidente tenha sido com líquidos, deve-se lavar o olho imediatamente com água corrente, abrindo e fechando os olhos para que todo o produto tóxico seja removido. Lave durante 15 minutos e após esse período, recomenda-se que a vítima seja encaminhado a um antedimento médico, para prevenir futuros problemas.
     Somente deverá ser tentada a remoção do corpo estranho caso o mesmo esteja localizado nas pálpebras e jamais, na córnea (o "olho"). Se estiver na pálpebra inferior, pode-se tentar remover com a ponta de um lenço limpo, puxando-a para baixo e, sem esfregar, tentar trazer a partícula para fora. Caso esteja na pálpebra superior, deve-se dobrá-la para cima, com cuidado, e tentar remover o objeto. Em qualquer situação, não force e não insista. Se estiver com dificuldades, cubra os olhos com um pano limpo e procure auxílio médico imediato.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013







INTRODUÇÃO DE OBJETOS PONTUDOS NO TÓRAX

Nas feridas muito profundas causadas por um objeto que foi introduzido no peito (punhal ou estaca, por exemplo), não se deve tentar retirá-lo, pois isso pode agravar a hemorragia e provocar a morte.
O acidentado, neste caso, deve ser transportado para o Hospital com o objeto, imóvel, no local mesmo. 
 

FERIMENTO NA CABEÇA 

cabeça

Os ferimentos na cabeça são muito perigosos, pois podem provocar o traumatismo craniano. Deve-se:
  1. deitar a vítima de costas, sem travesseiro;
  2. afrouxar todas as suas roupas;
  3. ocorrendo hemorragia externa, proceder como nos demais casos de ferimentos;
  4. procurar atendimento médico imediatamente; e
  5. se houver exposição da massa encefálica, como no caso dos intestinos (item 1.3), não pegá-lo com as mãos e nem tentar recolocá-la de volta no crâneo. 

sexta-feira, 25 de outubro de 2013



HEMORRAGIA NASAL 

sangramento do narizDentre todas as hemorragias, a nasal, (botar sangue pelo nariz) é a mais comum. É causada por esforço físico, excesso de sol, altas temperaturas, etc. 


Atendimento recomendado:
  1. tranquilizar a vítima;
  2. afrouxar a roupa próxima ao pescoço;
  3. sentar a vítima em local fresco, verificando o pulso;
  4. comprimir a narina com os dedos (5 a 10 minutos);
  5. usar chumaço de algodão para tampar a narina que sangra;
  6. colocar compressa de gelo mo nariz, testa e nuca;
  7. se não cessar a hemorragia, encaminhar a vítima ao médico;
  8. pedir à vítima para respirar pela boca; e
  9. não deixar que assoe o nariz. 

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

FERIDA COM EXPOSIÇÃO DE ÓRGÃOS INTERNOS 

bucho
Nas feridas extensas e profundas, como no caso de facadas, os intestinos e outros órgãos podem sair e ficar expostos. Neste caso deve-se:

  1. deitar a vítima imediatamente;
  2. lavar as mãos antes do atendimento;
  3. evitar tocar nos órgãos expostos e nem tentar recolocá-los no lugar;
  4. cobrir com compressas, gaze ou pano limpo;
  5. prender a compressa ou gaze com atadura e esparadrapo; apertar; e
  6. conduzir a vítima, imediatamente, ao Hospital.  
  7. LEMBRE-SE: PACIÊNCIA, CONHECIMENTO, AMOR AO PRÓXIMO E VONTADE, são os principais ingredientes para SALVAR VIDAS!

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

HEMORRAGIAS

tipos de hemorragias

Hemorragia é a perda de sangue devido ao rompimento de um vaso sanguíneo, veia ou artéria, alterando o fluxo normal da circulação. A hemorragia abundante e não controlada, pode causar a morte em 3 a 5 minutos.  
Para estancar uma hemorragia é importante que se conheça a localização das principais artérias e veias do corpo.
Na hemorragia externa deve-se:
  1. elevar e manter assim o membro atingido;
  2. comprimir o local com gaze esterilizada ou pano limpo;
  3. se a compressão não for suficiente para estancar a hemorragia, aplicar o torniquete; e
  4. proceder como no caso de cortes e arranhões. 
torniquete
Antigamente o torniquete era aplicado até nos casos de picadas de cobra. Entretanto, devido a falta de perícia do socorrista, hoje em dia, o torniquete só é recomendado nos casos de amputação ou esmagamento dos membros e, mesmo assim, apenas no braço e na coxa.
Procedimento:
  • Usar apenas tiras de pano resistentes e largas;
  • Enrolar a tira acima do local da ferida, dando um meio-nó;
  • Colocar um lápis, caneta, ripa de madeira ou objeto similar em cima do meio-nó e dar um nó completo;
  • Torcer a ripa ou objeto até cessar a hemorragia e fixá-lo;
  • Marcar com lápis, esferográfica ou batom, as iniciais TQ (torniquete) e a hora, na testa ou em outro lugar visível do corpo da vítima;
  • Não cobrir o torniquete;
  • A qualquer tempo, se o paciente ficar com as extremidades dos dedos frias e roxas, deve-se afrouxar um pouco o torniquete, o suficiente para restabelecer a circulação;
  • Manter a vítima agasalhada com cobertores ou roupas, evitando seu contato com o chão.
No lugar do torniquete pode-se utilizar uma atadura com compressão graduada. Esta técnica consistem em aplicar a atadura no membro afetado, de forma que esta seja mais apertada no local da amputação e vá afrouxando a medida que sobe.
Na hemorragia interna, como nós não vemos o sangramento, temos que prestar atenção a alguns sinais externos, para podermos diagnosticar e encaminhar ao tratamento médico imediatamente e evitar o estado de choque. Deve-se verificar:
  1. pulsação - se o pulso está fraco e acelerado;
  2. pele - se está fria, pálida e se as mucosas dos olhos e da boca estão brancas;
  3. mãos e dedos(extremidades) - ficam arroxeadas pela diminuição da irrigação sanguínea.
As providências que devem ser tomadas são as seguintes:
  1. deitar o acidentado, com a cabeça num nível mais baixo que o corpo, mantendo-o o mais imóvel possível;
  2. colocar bolsa de gelo ou compressa fria no local;
  3. tranquilizar o acidentado, se ele estiver consciente;
  4. suspender a ingestão de líquido;
  5. observar rigorosamente a vítima para evitar parada cardíaca e respiratória; e
  6. providenciar auxílio médico imediato.  

LEMBRE-SE: PACIÊNCIA, CONHECIMENTO, AMOR AO PRÓXIMO E VONTADE, são os principais ingredientes para SALVAR VIDAS!

terça-feira, 22 de outubro de 2013


FERIMENTOS

Ferimentos são rompimentos da pele por objetos cortantes(facão, foice, enxada, caco de vidro, etc.) ou perfurantes (prego, espinho, osso pontudo, etc.).
Todos os ferimentos, logo que ocorrem, causam dor, sangramento e são vulneráveis a infecções
Sempre que ocorrer um ferimento (seja leve, como as escoriações ou profundos, como as feridas), haverá hemorragia, que é a perda de sangue. Dependendo da quantidade de sangue que sai do corpo pela ferida, isso pode levar à morte do acidentado.
Os ferimentos com FERRAMENTAS MANUAIS são a maior causa de acidentes na zona rural. Apenas o facão é o responsável, em média, por mais da metade delas.
Outras causas de ferimentos são: os implementos agrícolas, quedas, colheita e transporte para o trabalho. 
 

CORTES E ARRANHÕES 

 
Em ferimentos leves, superficiais e com hemorragia moderada, deve-se:
  1. lavar as mãos com água e sabão, antes de fazer o curativo;
  2. lavar a parte atingida, também, com água e sabão, removendo do local do ferimento toda e qualquer sujeira, como terra, graxa, caco de vidro, etc;
  3. colocar um antisséptico, como o Mertiolate líquido ou similar;
  4. cobrir o ferimento com gaze esterilizada e esparadrapo, ou pano limpo; e
  5. procurar um Posto Médico.
Se houver suspeita de fratura no local, não lavá-lo com as mãos.
No caso de cortes maiores, depois de lavar bem o local, deve-se aproximar as bordas da ferida e colocar um pedaço de esparadrapo, para fixar a pele nesta posição. 


sexta-feira, 4 de outubro de 2013

PICADAS

Picadas ou mordeduras por animais peçonhentos

Acidentes por animais peçonhentos são aqueles provocados por picadas ou mordeduras de animais dotados de glândulas secretoras e aparelhos inoculadores de veneno.
Nos acidentes por mordidas de cobras, devemos sempre considerar como sendo de cobras venosas.


Sinais e sintomas:

  • Pequena mordida na pele: pode parecer um ponto pequeno e descolorido.
  • Dor e inchaço, pode ser de desenvolvimento lento, na área da mordida.
  • Pulso rápido e respiração difícil.
  • Fraqueza.
  • Dificuldade visual.
  • Náusea e vômitos.

O que fazer:

  • Manter a vítima calma e deitada.
  • Localizar a marca da mordedura e limpar o local com água e sabão.
  • Cobrir com um pano limpo.
  • Remover anéis, pulseiras e outros objetos que possam garrotear, em caso de inchaço do membro afetado.
  • Evitar que a vítima se movimente para não favorecer a absorção do veneno.
  • Tentar manter a área afetada no mesmo nível do coração ou, se possível, abaixo dele.
  • Levar a vítima imediatamente ao serviço de saúde mais próximo, para receber o soro anti-ofídico.
  • Se possível, levar o animal para que seja identificado e para que a vítima receba o soro específico.

O que não fazer:

  • Não fazer torniquete, isto impede a circulação do sangue e pode causar gangrena ou necrose local.
  • Não cortar o local da ferida, para fazer 'sangria'.
  • Não aplicar folhas, pó de café ou terra sobre a ferida, poderá provocar infecção.

Características:

A ação do veneno pode provocar as seguintes reações:

  • Proteolítica: necrose tecidual (morte do tecido lesado) devido à decomposição das proteínas.
  • Neurotóxica: ação no sistema nervoso causando queda palpebral; formigamento no local afetado, alterações de consciência e perturbações visuais.
  • Hemolítica: destruição das hemáceas no sangue.
  • Coagulante: causa deficiência na coagulação sangüínea.

Como evitar acidentes:

  • Usar botas. Isto evita até 80% dos acidentes, pois as cobras picam do joelho para baixo. Mas antes de calçá-las verificar se dentro não há cobras, aranhas e outros animais peçonhentos.
  • Proteger as mãos. Não enfiar as mãos em tocas, cupinzeiros, ocos de troncos etc. Usar um pedaço de madeira para verificar se não há animais.
  • Acabar com os ratos. A maioria das cobras alimentam-se de roedores. Manter sempre limpos os terrenos, quintais e plantações evita atrais estes predadores.
  • Conservar o meio ambiente. O desmatamentos e queimadas, além de destruir a natureza, provocam mudanças de hábitos dos animais que se refugiam em celeiros ou mesmo dentro de casas. Também não se deve matar as cobras, pois elas contribuem com o equilíbrio ecológico.

Importante:

O Instituto Butantan, no Brasil, fabrica soros específicos, usados na terapia de várias doenças causadas por animais peçonhentos. Esses soros são distribuídos nos Centros de Saúde da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo e, eventualmente, para todo o país.

Telefones Úteis

Hospital Vital Brasil – (0xx11) 3726-7962
Instituto Butantan – (0xx11) 3726-7222